Economistas de Lula querem atrair classe média e incorporar propostas de Ciro e Tebet

Avaliação é que há convergências no PT em propostas defendidas pelos dois candidatos e que isso facilitará a pavimentação das alianças

Por Redação Infomoney em 03/10/2022 às 20:22:20

Em busca de consolidar a dianteira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições e garantir uma vitória no segundo turno, economistas do PT ouvidos pela Reuters sugerem que o programa de governo do partido incorpore propostas de Ciro Gomes (PDT) e de Simone Tebet (MDB), além de defenderem maior foco na atração de votos da classe média.

O objetivo dos conselheiros do ex-presidente é facilitar a formação de alianças, principalmente com esses dois ex-candidatos, que reuniram 8,5 milhões de votos no primeiro turno, o equivalente a 7,2% dos votos válidos.

“Nosso programa é dinâmico, não fechou totalmente, foi um programa que definiu diretrizes, pontos programáticos, que foi aberto à discussão e continua aberto. Você não pode querer um aliado sem incorporar uma parte do seu pensamento e uma parte de suas propostas”, disse o ex-ministro da Fazenda das gestões petistas Guido Mantega.

Convergências

Um segundo conselheiro, que falou à Reuters em condição de anonimato, frisou que muitas das ideias que constam no programa de adversários do PT no primeiro turno “estão em acordo com os princípios que desenvolvemos”, e que as convergências facilitam a pavimentação das alianças.

Após a definição do resultado das eleições do domingo, com Lula obtendo uma vantagem de pouco mais de 5 pontos porcentuais sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), Tebet e Ciro pediram prazo para refletir e ter conversas com seus partidos e aliados antes do anúncio de possíveis apoios ao segundo turno, que ocorre dia 30 de outubro.

Tebet, que teve embates com Bolsonaro (PL) nos três debates entre presidenciáveis, disse no domingo que não se omitirá e que tem “lado”. Ciro – que se opõe ao presidente, mas fez duras críticas a Lula ao longo da campanha – disse que o país vive situação “potencialmente ameaçadora” e pediu tempo para se posicionar.

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