A Americanas S.A. divulgou na quarta-feira (14) um comunicado que detalha fraudes contábeis no valor de R$ 25,3 bilhões. O que se comprende dos últimos fatos sobre a fraude nas Americanas S.A:
Da leitura da comunicação das Americanas conclui-se:
1. Fraudecontábeis no valor de R$ 25,3 bilhões. Os lucros foram manipulados com o objetivo de inflar os resultados financeiros, pagar acionistas, aumentar o recolhimento de impostos e manter a possibilidade de obter linhas de financiamento.
2. Contratos artificiais de VPC: Foram criados diversos contratos artificiais de Verba de Propaganda Contratada (VPC), que atingiram o valor de R$ 21,7 bilhões em 30 de setembro de 2022. Essa manobra contribuiu para a manipulação dos resultados financeiros.
3. Não lançamento de juros sobre operações financeiras: A empresa também deixou de lançar juros sobre operações financeiras no valor de R$ 3,6 bilhões, o que contribuiu para inflar artificialmente os lucros.
4. Irregularidades no Balanço Patrimonial: No Balanço Patrimonial divulgado em setembro do ano anterior, foram identificadas outras irregularidades contábeis. A contratação de operações de financiamento de compras e de capital de giro foram contabilizadas de maneira inadequada, totalizando R$ 18,4 bilhões e R$ 2,2 bilhões, respectivamente. Essas manipulações permitiram uma redução da dívida financeira bruta em R$ 20,6 bilhões.
5. Responsabilização de ex-diretores e ex-executivos: No informe divulgado, a companhia responsabilizou nominalmente o ex-CEO Miguel Gutierrez, os ex-diretores Anna Christina Ramos Saicali, José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles, e os ex-executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes pelo envolvimento nas fraudes contábeis.
6. Envolvimento das auditorias: O atual CEO da empresa, Leonardo Coelho Pereira, prestou depoimento em uma CPI que investiga o caso. Ele afirmou que há indícios de que as auditorias KPMG e PwC participaram das irregularidades ao amenizar as análises dos balanços financeiros.
7. Acesso restrito à diretoria-executiva: A receita inflada artificialmente estava registrada em uma planilha de acesso restrito à diretoria-executiva, sugerindo que outros setores da empresa não tinham conhecimento das dívidas e das irregularidades contábeis.