O relatório destacou que os golpes causam danos materiais, especialmente aos mais vulneráveis, que são segmentados pelas próprias plataformas. E mesmo após denúncias em jornais e emissoras de TV, os anúncios fraudulentos continuaram ativos. A empresa Meta afirmou que não permite atividades fraudulentas em suas plataformas e tem removido anúncios enganosos sobre o programa Desenrola Brasil quando identificados.
Para os pesquisadores da UFRJ, a autorregulação das plataformas não tem sido eficiente, e eles defendem a necessidade de uma regulamentação que inclua transparência e responsabilidade por seus serviços, respeitando o Código de Defesa do Consumidor. Essa preocupação se torna ainda mais relevante, já que o estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que cerca de 78% das famílias brasileiras estariam endividadas.
Diante desse cenário, o governo federal lançou, em 17 de julho, a primeira etapa do programa Desenrola Brasil, com o objetivo de possibilitar que 70 milhões de brasileiros inadimplentes possam renegociar suas dívidas com instituições financeiras. No entanto, é fundamental que medidas sejam tomadas para combater os anúncios fraudulentos que prejudicam os beneficiários do programa e garantir a transparência e segurança nas plataformas digitais.