Steve Bannon, ex-assessor do ex-presidente Donald Trump, fala durante coletiva em Nova York após sair da prisão 29/10/2024 (Foto: Andrew Kelly/Reuters)
Em Washington, EUA - Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca durante o governo Trump, foi libertado de uma prisão federal nesta terça-feira (29), exatamente uma semana antes das eleições presidenciais de 5 de novembro. Após cumprir uma sentença de quatro meses por desacato ao Congresso, Bannon retomou o controle de sua plataforma de mídia de direita e fez declarações contundentes em seu podcast “War Room”, onde denunciou figuras democratas e reforçou seu apoio à candidatura de Donald Trump.
Na reestreia de seu programa, Bannon, que acusou a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi de ser responsável por sua prisão, declarou estar ainda mais determinado em sua atuação política. “Os quatro meses na prisão federal, não só não me quebraram, mas me fortaleceram. Estou mais energizado e mais focado do que nunca em toda a minha vida”, afirmou. O episódio de retorno foi transmitido para mais de 60 mil espectadores no Rumble, número que cresceu rapidamente após a primeira aparição de Bannon.
Bannon criticou a atuação dos democratas e sugeriu que eles resistirão a qualquer tentativa de alternância de poder, destacando a importância de engajar o público conservador em um “movimento de resistência”. Em referência ao papel de seus seguidores, ele afirmou: “Você é o pano de fundo deste movimento”.
Em suas declarações, Bannon reafirmou um plano para apoiar Trump na eleição da próxima semana, destacando o incentivo ao comparecimento nas urnas e a promessa de prevenir uma suposta fraude eleitoral — afirmações semelhantes às que o levaram à prisão anteriormente, após se recusar a depor em uma investigação do Congresso. Em entrevista ao The New York Times, Bannon afirmou que Trump deveria reivindicar a vitória novamente caso as contagens de votos sejam semelhantes às de 2020, alegando que “temos equipes agora que vão garantir que essa coisa não seja roubada”.
A declaração de Bannon reacende a tensão na reta final da corrida presidencial, com muitos críticos apontando suas falas como um incentivo para questionar a integridade do sistema eleitoral, mesmo diante de garantias das autoridades sobre a segurança das eleições.