Presidente em exercício da CBF assegura continuidade sem prejuízos após decisão judicial

José Perdiz de Jesus assume temporariamente após Tribunal do Rio de Janeiro retirar Ednaldo Rodrigues do cargo

Por Redação Eixos Notícias em 14/12/2023 às 00:15:18

O presidente em exercício da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Perdiz de Jesus, anunciou nesta quarta-feira (13) sua responsabilidade em conduzir a entidade de forma temporária, após a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) retirar Ednaldo Rodrigues da presidência na última quinta-feira (7).

Em nota oficial, José Perdiz de Jesus afirmou: "Recebi com grande responsabilidade a indicação feita pelo Poder Judiciário para assumir temporariamente, na qualidade de administrador interino, a Confederação Brasileira de Futebol [CBF] até a realização das próximas eleições. Nenhum prejuízo haverá para a entidade, já que toda administração será feita sem solução de continuidade e com mínima interferência nas questões desportivas."

A decisão do TJ-RJ se deu em resposta à extinção, por unanimidade, da Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público (MP) em 2017 contra eleições que teriam sido realizadas irregularmente pela CBF. O Tribunal determinou uma nova eleição no prazo de 30 dias, durante a qual José Perdiz de Jesus ficará responsável pela rotina administrativa da CBF.

A retirada de Ednaldo Rodrigues da presidência foi solicitada por ex-vices-presidentes da entidade que perderam seus cargos no âmbito do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de 2022. A decisão do TJ-RJ alega que o TAC é ilegal, o que levou à necessidade de uma nova eleição.

O histórico do caso remonta à Ação Civil Pública de 2017, na qual o MP acusou a CBF de realizar uma "manobra" para aprovar um novo estatuto sem respeitar a convocação obrigatória dos representantes dos clubes da Série A. O estatuto aprovado teria critérios diferenciados de valoração de votos, resultando na eleição contestada de Rogério Caboclo em 2018. O caso foi suspenso temporariamente em fevereiro de 2022, devido à intervenção do STJ e à solicitação da Fifa por uma explicação legal detalhada sobre as consequências da decisão.

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